O conceito Comunicação vem do latim communicatio.onis e significa “ação de participar”.
É um processo que envolve a troca de informações entre interlocutores com recurso a sinais e regras semióticas mutuamente entendíveis. Trata-se de um processo social primário, que permite criar e interpretar mensagens que provocam uma resposta.
Quando pensamos na origem da comunicação viajamos até às pinturas rupestres. Durante muito tempo, o desenho e a pintura foram o meio de comunicação essencial para o homem e era através desta linguagem visual que podiam expressar os seus conceitos, símbolos, valores e crenças.
Também pensamos nos hieróglifos egípcios que deram origem a sistemas de comunicação utilizados ainda hoje. São usados pela humanidade há milhares de anos e juntos criaram um vasto repertório de sinais, marcas e símbolos portadores de significado.
A comunicação visual como a conhecemos carrega tanta História que nem nos lembramos da sua importância quando olhamos para uma “mera” placa de sinalética de trânsito.
Entenda-se como sinalética de trânsito um conjunto de objetos comunicacionais representativos de uma ação comum para a realização em grupo. A sua mensagem deve ser informativa, perceptível, instantânea e universal.
Marcar, assinalar e sinalizar não são exatamente sinónimos, mas as suas práticas coincidem em ações comuns que derivam da função da informação com o objetivo de direcionar, identificar e informar. Muitos são os termos encontrados e utilizados para denominar esta área do Design.
Nem sempre a sinalética é consensual. Quando uma placa de sinalética não cumpre, no imediato, o seu objetivo, quando é confusa ou está mal concebida, ficamos desagradados e incomodados. Como um desconforto insistente e incomodativo ao nosso olhar.
Penso, que todos nós temos um designer escondido dentro de nós que gostaria de colocar em prática toda a sua imaginação e criatividade. O problema começa aí mesmo! Enquanto designer, não me incomoda todos termos esta vontade de criar, pelo contrário, todos podemos ou devemos ser críticos visuais do que consumimos diariamente.
Incomoda-me realmente não sermos TODOS educados para termos um bom julgamento crítico com um sustentado conhecimento visual. É por este motivo que penso que existe ainda um longo caminho a percorrer na educação da cultura visual.
Temos de educar com bons exemplos.
Um bom exemplo é a sinalética utilizada nos aeroportos segue um conjunto de regras regulamentadas, que tem por base a importância do tipo de letra utilizado, aplicada de modo adequado e legível para um público vasto.
Um exemplo de comunicação visual mal concebida está presente nas placas de sinalética de algumas cidades ou aldeias, uma vez que são identificadas com um tipo de letra “especial”, que normalmente pode aparecer esticado ou desformatado, que só de olhar nos cria uma espécie de urticária. É através destes maus exemplos que estamos a dar o errado como certo e a incutir no cidadão comum a ideia que a sinalética pode ser utilizada de qualquer forma, sem a existência de regras.
É através da ocorrência frequente de situações destas que passamos a assumi-las como expectáveis, no nosso dia-a-dia. Enquanto designers, é importante existir regras e um bom julgamento crítico visual para que possamos executar e conceber um produto com qualidade, que seja facilmente adaptável ao seu meio ambiente sem causar qualquer transtorno visual, como uma placa de sinalética.
Sou da opinião, que o cultivo da cultura visual na sociedade deve ser feito e implementado lentamente com o devido cuidado. Como designer, o nosso dever em sociedade é criar, educar e envolver o cidadão comum em bons exemplos de design, para demonstrar através deles o caminho correto a ser seguido, erradicando de imediato aqueles “desastres visuais” que vamos encontrando perdidos por aí.
O designer é um ser multifacetado que desempenha diversas tarefas. É pensador, crítico, psicólogo, mediador, criativo e, muitas vezes, atleta de alta competição.
Compete, sobretudo, consigo próprio. O objetivo na competição é para dar sempre o melhor de si. Faz sprints todos os dias da semana com o objetivo de alcançar a meta. Faz corrida de estafetas em equipa, dá tudo o que tem em campo e no seu melhor tempo, antes de passar o testemunho aos colegas de equipa. E recebe de volta o testemunho todas as vezes necessárias para levar a equipa à vitória final.
Um designer é um dos elementos essenciais para o funcionamento de uma máquina bem oleada, em constante colaboração e partilha.
No caso da MD3 Studio, a equipa de Design segue a metodologia Kaban. Esta metodologia é direcionada para gestão de projetos com visualização geral das tarefas a completar, divididas por graus de execução.
Assim, as nossas semanas são caracterizadas por sprints, em que a equipa se deve organizar para concluir as suas tarefas e terminar na meta vitoriosa. Cada sprint é composta por diversas etapas – desde a chegada do briefing, ao planeamento, à execução, ao teste e a resposta do cliente que pode fazer prosseguir até ao final da meta ou apanhar uma “barreira” no caminho e ter que recomeçar parte do processo.
É frequente o número de tarefas diárias a realizar e o multitasking mental exigido é de alta competição! Enquanto equipa, o apoio é a base do sistema e a vontade de atingir a meta o objetivo da semana.
Diariamente, trabalhamos para fazer mais e melhor e nos suplantarmos. Vamos ao treinos, usamos o melhor material disponível e todas as semanas voltamos ao ponto de partida, para no final conseguirmos dizer, vencemos!
Ser designer é ser um Michael Phelps e Einstein juntos! A conjugação perfeita entre agilidade e destreza mental.
De Fio a Pavio é uma crónica de reflexão sobre design, web, marketing e comunicação do Cordel da MD3 Studio. Gosta do que lê? Quer saber mais sobre nós e sobre o nosso trabalho? Contacte-nos através do email: comercial@md3studio.com.
O verdadeiro design envolve sobretudo pensamento. Quando me refiro ao verdadeiro design, pretendo sobretudo fazer uma distinção entre o método e o produto final, que teve todo um processo por trás, face ao que comummente encontramos – algo simples, feito em 5 min, sem estratégia e que apenas conta com o fator rápido e bonito.
Por isso, questiono: Será que cumpre os mesmos requisitos e propósitos que um design que envolve processo e pensamento?
A longo prazo não. Não é um produto memorável, que consiga perdurar no tempo. Porquê? Imaginemos uma marca como uma casa. Uma casa bem alicerçada e planeada tem um potencial de longevidade maior, face a uma cabana que serve para o propósito imediato, contudo com uma estrutura frágil, com um prazo de duração curto.
Com uma marca ou um produto acontece o mesmo.
O verdadeiro design cria alicerces sólidos para a marca/produto perdurar.
Quando se inicia um projeto existe toda uma metodologia a seguir, uma metodologia de pensamento, questionamento, observação do público-alvo e entendimento do mesmo, para se poder criar um produto que corresponda às necessidades exigidas. O design envolve a criação de uma solução para um problema específico. Os designers são pensadores e solucionadores criativos que aliam soluções viáveis à estética.
Este processo de confrontamento constante entre problema vs. solução faz parte de qualquer projeto de design, feito com as ferramentas e qualidades necessárias. É realizado um estudo intensivo de prós e contras, nada é deixado ao acaso, existem regras e nada é colocado assim, só porque sim!
O design tem ainda a beleza de nos surpreender, de sermos levados por uma descoberta constante, é uma característica que nos mantém enamorados e maravilhados.
Portanto, sim, o design pode ser bonito, mas também tem método. A melhor definição para o design que posso referir é esta citação de Paul Rand.
Design é isto: beleza, método, descoberta e solução.
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